Pressione "Enter" para passar para o conteúdo

Imperialismo Americano, poema de António Jara

Última atualização em Agosto 29, 2022

Da imprensa diária ao olhar as margens dos nus, suor em rios de explorados, florestas de torturados, montes de miséria e sangue, recortamos e colamos para que não se esqueça.

Das ajudas dos Ku Klux Klan e da CIA às direitas nas Américas

Das mãos esmagadas decepadas nas madrugadas de do Chile de Pinochet

Os desaparecidos, os torturados assassinados da Argentina e do Uruguai

Os cem golpes na Bolívia e os seus generais da cocaína

As cabeças decepadas dos índios da Guatemala e dos marines

Os tiros nos olhos e os tiros na nuca pelos militares da Junta de Salvador

“Baby Doc” e os seus tonton-macoute, vampiros do Haiti e o Paraguai fascista

A luta na Nicarágua e o tiro no arcebispo Romero

A violência da violência e no Peru os ventres dilatados

E as favelas do Brasil com a tortura e o esquadrão da morte

Os ecos dos espancamentos os gritos das mães de todos os mortos

De todos os milhares de mortos dessas ditaduras “Made in USA”

Quem fala de direitos e estrangula direitos?

E Cuba a ilha onde há trinta anos havia ignorância 

E crime, prostituição, e jogo, desemprego e fome

Quando despejo e casino por dólares USA

Jara, António Bellini; Edição Lisboa de autor, 2009


Jara, António Bellini; Edição Lisboa de autor, 2009