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Normandos, os Homens do Norte

Última atualização em Junho 12, 2022

Anos de 852 – 862: O número dos navios aumenta. A multidão dos Normandos não deixa de crescer; por toda a parte os cristãos são vítimas de massacres, pilhagens, devastações, incêndios, cujos testemunhos subsistirão enquanto durar o mundo.

Tomam todas as cidades que atravessam sem que alguém lhes resista; tomaram as de Bordéus, Périgueux, Limoges, Angouleme e Tolosa. Angers, Tours, como Orleans, são destruídas; muitas cinzas de santos são roubadas.

Assim se realiza, pouco mais ou menos, a ameaça que o Senhor proferiu pela boca do seu profeta: “Um flagelo vindo do norte se espraiará sobre os habitantes da Terra.”

Alguns anos depois, um número incalculável de navios normandos sobe o rio Sena. O mal aumenta nessa região. A cidade de Ruão é invadida, pilhada, incendiada; as de Paris, Beauvais e Meaux são tomadas; a praça forte de Melun é devastada; Chartres é ocupada; Evreux é pilhada, assim como Bayeux e todas as outras cidades são invadidas sucessivamente.

Quase não há localidade ou mosteiro que seja respeitado, todos os habitantes fogem e raros são os que. ousam dizer: “Restai, restai, lutai pelo vosso país, pelos vossos filhos, pela vossa família!”

Na sua paralisia, no meio das suas recíprocas rivalidades, resgatam à custa de tributos aquilo que deveriam ter defendido de armas na mão, e deixam afundar-se o reino dos cristãos.»

(Ermentaire. “História dos Milagres e das Trasladações” de S. Felisbertolt. apud Robert Latouche, “As Origens da Economia Ocidental”)