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A Complexificação das Atividades na Pré História

Última atualização em Junho 15, 2022

Ao estádio da recoleção e da caça sucedera o da produção alimentar, com o seu duplo aspeto: criação de gado e agricultura.

O aglomerado inicial transformou-se assim rapidamente, porque a produção, aumentando os recursos de muita gente, ultrapassava com frequência as necessidades de cada um, provocando a oferta, que por si própria incitava à procura.

A aldeia-habitat tornava-se mercado. Mas a produção não se podia conceber sem utensilagem. Esta era, até então, bastante restrita: respondia às necessidades da caça e da pesca, e às necessidades estritas da existência.

Ela conheceu sem cessar os produtos de base, o que levava a adotar novas matérias-primas, por seu turno em acréscimo. À pedra, à terra, à madeira e ao osso, viera juntar-se o metal, de entrada o cobre. Pensamos que foi ao cobre que se deveu essencialmente a transformação da aldeia em cidade, isto é, o nascimento de uma civilização urbana.

Ao lado do artesanato puro e simples, que subsistirá sem dúvida durante ainda muito tempo, aparece a manufatura: por este termo designamos a oficina onde trabalhadores especializados fabricavam, segundo processos e métodos melhorados (a roda do oleiro é uma das primeiras máquinas), ferramentas e utensílios que os conterrâneos virão adquirir, porque terão achado mais cómodo comprarem aquilo que dantes fabricavam para o seu uso pessoal.

É certo que este negócio local também se alargou, e que à aquisição no próprio local veio juntar-se a troca a distância, neste caso a transação comercial. O Homem quebrava os quadros estreitos do seu ‘habitat’, e entabulava relações com os seus semelhantes mais ou menos afastados.

Relações comerciais, influências recíprocas por consequente os primeiros objetos permutadas foram as primeiras testemunhas de uma troca cultural. Mas estas relações entre cidades deviam ter repercussões da maior importância.


André Parrot in “O Homem antes da escrita”, dir. And. e Varagnac.