As rodas eram cheias e consistiam em três peças de madeira encaixadas umas nas outras e presas por tiras de couro, pregadas’ com pregos de cobre. As rodas estavam ligadas aos eixos, seguros ao corpo do carro apenas por correias de couro.
A roda foi a cúpula das realizações da carpintaria pré-histórica: é uma condição basilar do maquinismo moderno e, aplicado ao transporte em carroça de quatro rodas – o antepassado directo da locomotiva e do automóvel. ( … ) Graças às esculturas sumérias e aos espécimes achados nos túmulos do – terceiro milénio, podemos reconstituir os pormenores de construção dos primitivos veículos com rodas que eram, como é natural, toscos e pesados.
As rodas eram cheias e consistiam em três peças de madeira encaixadas umas nas outras e presas por tiras de couro, pregadas’ com pregos de cobre. As rodas estavam ligadas aos eixos, seguros ao corpo do carro apenas por correias de couro ( … ).
Antes do fim do quarto milénio a. C., a atrelagem do boi, do cavalo e do burro e a roda, dotaram as sociedades do Próximo-Oriente com a força motriz e o equipamento para o transporte terrestre, que não foram substituídos até ao séc. XIX d.C.
A roda não só revolucionou os transportes, como ainda foi aplicada à indústria, por volta de 3500 a.c.. Com uma roda horizontal que gira rapidamente sobre um eixo vertical, o oleiro pode, em alguns minutos, fazer da massa de barro plástico, colocada ao centro da roda, um vaso de louça que gastaria vários dias a fabricar à mão. E o produto do fabrico à roda fica perfeitamente simétrico, regular, o que não acontece com o outro. A olaria foi a primeira indústria a servir-se da roda na produção.
GORDON CHILDE, O homem faz-se a si próprio